Em Dia Internacional sobre Vítimas de Desaparecimentos Forçados, ONU pede garantia de direitos

Em Dia Internacional sobre Vítimas de Desaparecimentos Forçados, ONU pede garantia de direitos
Em Dia Internacional sobre Vítimas de Desaparecimentos Forçados, ONU pede garantia de direitos

Este 30 de agosto é o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados. Num comunicado, o Grupo de Trabalho da ONU sobre o tema afirma se tratar de um crime complexo que viola todas as áreas do direito.   

Segundo os relatores de direitos humanos existe uma clara ligação entre direitos econômicos, sociais e culturais das vítimas e de seus parentes com os desaparecimentos. 

Pnud/ Guatemala/Caroline Trutmann Marconi

Julgamento   

A falta de proteção é um dos fatores que levam a essa situação. Pessoas vivendo na pobreza, expostas a riscos e desprovidas de recursos legais e assistência jurídica para recorrer contra prisões arbitrárias, ou até mesmo detenção e julgamento. 

O Museu Comunitário da Memória Histórica em Rabinal, Guatemala, dignifica a memória das vítimas de assassinatos e desaparecimentos forçados na área

As vítimas dessa violação são na maioria, marginalizadas. Residem em áreas sem a presença do Estado, e geralmente suas famílias tampouco têm meios para buscar a justiça. 

As crianças sem acesso à educação, que vivem na pobreza, nas ruas e foram deslocadas de seus lares correm riscos ainda maiores de serem sequestradas, traficadas ou recrutadas como crianças-soldado. 

O mesmo se dá com migrante e pessoas com deficiência devido à falta de dinheiro, proteção e participação política. 

Punição 

Os especialistas em direitos humanos afirmam que o desaparecimento forçado é utilizado como arma de intimidação, represália e punição ilegal. 

Nações Unidas – Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários.

Neste Dia Internacional, o grupo pede aos países que assistam as famílias vítimas desse crime, que passam a uma situação extremamente difícil quando o provedor financeiro desaparece. O crime impacta a todos na família principalmente mulheres e crianças.  

Em alguns países, existem leis de reparação, mas às vezes existem barreiras como a ausência de uma certidão de óbito. 

Para os relatores, os países têm que prestar atenção ao impacto multidimensional dos desaparecimentos forçados para melhor responder às vítimas e à sociedade. 

Em dezembro passado, a ONU marcou o décimo aniversário da entrada em vigor da Convenção Internacional para Proteção de Todas as Pessoas de Desaparecimento Forçado.  

*Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem pagamento pelo seu salário.

Sugestões

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.