Quem fez o “27″ levou a melhor. O rescaldo foi o dia “28″
Mais uma vez nos confrontamos com o Jornal de Angola conhecido pela sua vocação em dar espaço a “opiniões” e discursos que só suscitam a confusão. Desta vez temos o exemplo de João Melo com uma matéria sobre a tragédia do 27 de Maio a tentar fazer crer que o dia seguinte, o «28 de Maio de 1977», longe de dar continuidade ao que fora há muito planeado para um dia, apenas foi o 27 de Maio.
Reponham-se, pois, os factos na sua verdadeira dimensão histórica: nos meses que precederam o grande Terror, uma clique dentro do MPLA manipulou o Jornal de Angola, a TPA e a Rádio Nacional para nestes orgãos de comunicação social desencadearem ferozes ataques contra personalidades do Movimento, em particular contra Nito Alves, então membro do Comité Central do MPLA e ministro da Administração Interna.
A manobra provocatória chegou ao cúmulo de, alguns meses antes do 27 de Maio, pela pena e pela voz de algumas cabeças bem-pensantes, se ter instigado a prisão de militantes-activistas, uns pertencentes às estruturas de massas do Movimento, outros às FAPLA e outros as Comissões Populares de Bairro. De tal modo que – é curioso observar – a repressão atingiu justamente muitos dos que viriam a desaparecer nos dias e nos meses que se seguiram, embora João Melo considere esta acção de «legítima à partida».
No entanto, ele omite um facto: a tal “repressão legítima” redundou num verdadeiro banho de sangue – não interessa o número das vítimas –, num massacre de proporções inomináveis que o Direito Internacional condena sem ambiguidades. Sem esquecer os milhares de cidadãos mantidos em cárcere privado e em campos de concentração durante anos sem culpa formada. Contudo, João Melo relativiza todos estes problemas e diz que muitíssimas dessas mortes – cito – foram «injustificáveis», como se a barbaridade e a crueldade infligida a um ser humano [a um só que seja] possa ser desculpada.
Tal como João Melo, também eu vivi intensamente estes factos. Como militante do MPLA estive envolvido nos meses anteriores ao 27 de Maio na intensa luta ideológica que se travou no país, mas com uma diferença: eu não tive necessidade de denunciar o “nitismo”, porque, ao contrário da versão oficial [aliás partilhada por João Melo], o “nitismo” não existia como corrente política. Como fracção dentro do MPLA.
João Melo, por outro lado, fala das “13 Teses” de Nito Alves e lamenta ser aí apontado como um perigoso “maoista” (?) a abater. É redondamente falso. O que lá se acha escrito não se presta a qualquer dúvida ou trocadilho. É no capítulo em que o autor reprova o “TERRORISMO REACCIONÁRIO DA IMPRENSA” e inculpa nessa trama o Jornal de Angola e a Televisão, destacando em breves palavras o papel de alguns editores da Rádio Nacional. Passo a citar a referência a João Melo: Enquanto «[…] isto, na Rádio Nacional de Angola, um outro editorialista, o chefe de turno rotativo, João Melo, “fazia editoriais contra o Nito”, lê-se numa informação especial. Todos estes editoriais estão impregnados por todos os poros de um profundo ódio à minha pessoa» (13 Teses em minha Defesa, pág. 40).
Se existe alguém que sem desfalecimento não se cala na denúncia do 27 de Maio e dos revisionismos que agora vão surgindo um pouco por toda a parte [com a marca de João Melo e doutros], esse alguém são os sobreviventes e os familiares dos desaparecidos que a borrasca provocou. É oportuno chamar a atenção para o teor das cartas que ao longo destes anos se têm endereçado ao Presidente do MPLA e do Estado Angolano. Nenhuma até hoje teve resposta. Em todas se apelou à cooperação, à disponibilização da massa documental produzida pela DISA, pelos organismos das Forças Armadas e do Partido de modo a levar-se a cabo uma séria investigação. Tudo para bem da verdade e da reconciliação nacional.
Estamos a assumir, em síntese, a nossa parte, o nosso testemunho. Não descarreguem culpas em cima de nós. Ao Estado Angolano é que cabe, sim, antes de tudo, assumir responsabilidades. Ao libertar-nos das suas prisões não teve a dignidade de fazer constar nas “Guias de Soltura” o motivo da punição a que nos sujeitou e tão-pouco foi capaz – nas raras certidões de óbito que emitiu – de apontar a causa mortis das pessoas desaparecidas.
José Reis
2 de Juho de 2008
um tio meu de nome carlos guerra foi levado de casa no dia 28 de maio de 1977.e nunca mais se ouviu falar de si.o sr joao melo foi um dos muitos instingadores dos massacres que se seguirao.hoje è deputado e vive como rei e nos que perdemos os nossos entequeridos.
tudo dito en 1976 passados mas de 30 anos ainda vimos con tanta serenidade na naçao angolana os culpados passão en puni os inoscentes estes coitados não ten defesa viu-se no nito alves e os seus nitistas vesse en musicos en puliticos de fundo de quintal.afinal o qui se possou en angola dos anos 60 aos anos 80?
…lamento imenso, que tal o estado angolano, o executivo não se interessa nivelar este acontecimento… de facto seria um louvor se fosse posto aqui a versão oficial e cada de nós fazer a sua opinião, eu estou convencido que a historia cabe mesmo a historia avaliar o que aconteceu… o mal esta por aliás o pior é, quando se falsifica a historia…
Nisso só tenho a dizer o seguinte: “A Justiça tarda mais nunca falha”; pode levar um século mais um dia tudo estará esclarecido e, certamente, muitos dos carrascos (aliáis todos) estarão já com os seus garrafões cheios de sangue humano a serem temperados no fogo do inferno.
Meu pai foi levado, mal eu tinha completado um mês, minha mãe a ficar maluca de tanto o procurar onde está a justiça nisso? Espero um dia ver tal justiça, que reconheçam formalmente esse dia, com golpe sem golpe, verdade é, que se matou muita gente inocente, gente que amava essa terra de verdade, que não importava a cor da pele, muito foi aproveitado pelos maus intencionados para fazer e espalhar o mal daqueles que tombaram, reconheçam as viuvas deixadas, os viuvos, os orfãos deixados, porque nós, os filhos, primos, irmão etc, dos que foram levados também sofremos e muito, por favor reconheçam porque nós nunca o vamos esquecer e garanto-vos que vamos passar isso para os nossos filhos, netos e etc.
27 de maio é uma data que ainda merece muitos esclarecimentos, principalmente para juventude por ser a maior força revolucionara. eu nasci num periodo em que tudo isso ja se tinha passado,e os mais velhos transmitiram-nos um sentimento de medo que somente calado manteriamos a vida salva. mais creio eu que é uma obrigaçao de todos nós mudarmaos o quadro historico da naçao quer nos orgulhamos quer nao. os factos marcantes da nossa historia devem vir atona para que tenhamos em mente quais sao os nossos verdadeiros herois. porque um povo sem conhecimento historico do seu passado é como uma árvor sem raiz.
quero mais videos sobre o 27 de maio
MAOISTA ????? tao malucos ou que … Ambicioso recalcado e dicidido a tudo par atingir o seu fim maximo e superior …
Ser lacaio na criadisse aos russo-sovietcios e cubanos tropicais chupadores da nossa inocencia tal qual hoje um bin laden ia meter todos na faca se ganha-se .
Uma das suas qualidades nao era o que hoje se ve roubar o estado e povo andar de X5 ter casas alugadas nao!
SEEEEEEEEDE de poder de mandar obrigar ser ditador impor dicidir pelos outros pior pior pior do que ja vivemos ate hoje com angolanos …
Como agitando agitando apontando o dedo aos outros dizendo que era o melhor o puro o unico o salvador o que nos ia levar a lua numa nave de metal russo pintada de vermelho e preto tudo o que existe nunca chegara para classificar e avaliar o potencial que estes 3 angolanos tiveram sita+nito+ze vdunen …
Ninguem imagine tentar entender tinham os trez + power que 10 manos mayores M’bimbis verdadeiros cavaleiros do apocalipse. se tivessem acesso aos fundo de petroleo que agora temos e recebemos com esses fundos iam incendiar todo o sul de africa em programas expansionistas de teses dialecticas marxisto-trotskito-maoisto laden- era objectivo ; sadamisar tudo e todos tal cavaleiros do fim do mundo ! Nao sou exagerado combati na FNLA fui guarda pessoal do velho holdem minha panhard 90 foi capturada e queimada em kifangondo na segunda ponte dia 10 de nov 1975ferido fui apresentado em fotos tal qual monstro como eles ,,,conheci como eles deram entrada na comarca pois estava la pouco consegui falar mas deu pra perceber queriam nos por a ferro e fogo! … logo que sai rumei ao sul bie namibia fiz recruta sedendo de odio e vinganca pra tirar de ca os cubanos e sovieticos ingressei na Unita lutei e so parei de combater o regime com 45 anos em 2004 na coluna do antonio dembo em locusse pois perdemos o coronel das comunicacoes que deu as nossas posicoes tinha 40 kg menos depois de perder o bote que usavamos pra saltar os rios e iludir conheci SABATA – na comarca de sao paulo -Passarao da FNLA etc etc fiz recruta em kinkuzo … Vejo agora angola sim livre em jogadas da financa internacional mas em paz as pessoas agora estao serenas calmas sem odio … tou farto em 1992 retirei com o ben ben a combater mano a mano rua a rua das ingombotas ate ao cazenga dai as antenas da radio kikolo … caxito … libongos ai quimanos um tanque estive no longa no kubango com o tchilingutila que sei hoje fazer???? nada felizmente estou no min da defesa e orgulhoso porto as minhas patentes dadas por esse Mesmo MPLA que sempre me negou mas me empossou ate que enfim reconhecido o meu valor … mas nao sei fazer um pao ,,, criar uma mandioquera nao sei alugar casas ,,, nao tenho quintas nem casa nas tugas ….
pra que conbatemos e andamos aqui a distilar cenas pra que todos nos temos as maos manchadas uns por um ideal outros por outro… cuidado com este tema ok….
eu sou de opinião que o fraccionismo foi uma clara demonstração de luta pela tomada do poder em 1977. Este é um assunto bastante delicado e tem que se ter muita coragem para expor os acontecimentos daquele dia 27/05/77. Há testemunhas vivas que ouviram de viva voz os apelos de Nito Alves que não era mais se não um auténtico agitar as massas populares contra as caracteristicas humanas do País, viu-se as mortes de muitos membros fieis a constituição daquele momento alguns so não morreram porque no dia do golpe, não se encontravam em Luanda. Lamento o facto destes elementos não serem mencionados por aqueles que dam voz a um acto que de certa forma so envergonha o MPLA e consequentemente o povo angolano. É certo e compreensível a reação no sentido de repor a ordem e nesta acção de troca de tiros,naturalmente há mortes, há sangue e faz-se prisioneiros; infelizmente, estes prisioneiros, estvam a guarda de pessoas que também tinham propositos contra o governo, daí o fazer desaparecer estes mesmos prisioneiros para criar este tipo de manifestação em detrimento do MPLA.
Deixo aqui o meu apelo Camaradas: Temos que ponderar muito ao tratar-mos esta questão ue exige de todos nós o bom senso para que, não caíamos mais em situações que em nada nos honra!
O Meu Pai foi morto e vi recentemente a certidao do Obito que a minha escondeu: Que matou o meu pai,chama-se Mateus Paulo (Dino Matross) vi a certidao que ele assinou esta la o nome dele.guardei bem a certidao do obito.